segunda-feira, 22 de junho de 2009

8 de junho de 2009 - Decima Quarta aula

As apresentações finais precisavam estar descritas neste Diario, porem neste dia me apresentei, não sei o que acontece, toda vez que tenho que interpretar perco o foco e parece que uma nuvem negra toma conta da minha vista.

Como o Luciano não apresentou sua cena na segunda passada ele foi o primeiro a entrar no palco dessa vez, ele tem uma voz expressiva e sua cena foi bem costurada, usou bastantes elementos para compor o cenario, que ficou bem distribuido, optou por fazer as trocas de roupa em cena mesmo, o que deu dinamismo ao trabalho.

Minha apresentação não foi boa, muito compacta e frouxa, errei nos mesmo pontos da ultima vez, levei elementos para usar no cenario e na hora, com a apreensão acabei esquecendo de usa-los.

Rodolfo incorpou um perfeito Jô Soares (sua alma capturada), apresentou sua coreografia no ritmo do Tango, tudo bem marcado, nem ele mesmo parecia acredidar no que estava apresentando, jogou com a plateia e foi compreendido, só deixou a peteca cair no final, quando teve um problema ao acender a vela que usou em cena, foi demorado.

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1 de Junho de 2009 - Decima Terceira aula

Inicio das apresentações de Bricolagem. Trabalho final da Disciplina "trajetorias do Ser".

Allison começa sua apresentação, já pelo fato de ele usar textos fiquei impressionado, por ele ser uma pessoa um tanto timida demais, seu trabalho corporal melhorou, já se pudia ver um personagem, mas ainda há muito o que trabalhar. A cada troca de roupa (três) um personagem novo se apresentava, até um "puta" ele encarnou, timidamente, mas ele anda se libertando.

Logo apos Aninha entrou em cena, com um corpo bem trabalhado, expressando uma imagem de cansaço, ela juntava elementos usados em suas cenas anteriores que estavam espalhados pelo palco, tudo ao som de sua musica "Então é Natal", o clima de tensão no seu olhar e gestos passou ao publico, que ficou apreensivo com sua expressão corporal bem trabalhada na hora em que interpretava sua coreografia, o trabalho pode ser lido como uma rebobinagem de perfeita de sua trajetoria por lá.

Carlos é muito detalhista, sua xcena não podia ser diferente, com um cenario muito bem dimensionado, ele fez uma costura perfeita de seus trabalhos, foi possivel observar a presença de cada um deles em cena. Como defeito, acredito que o mal direcionamento das luzes na cena final (coreografia) prejudicaram a limpeza do trabalho.

Cleice usou no inicio da cena um corpo corcunda que por mim foi comparado ao de Edith Piaf em sua fase terminal. Com tecidos coloridos ela resmungava e defumava a plateia com um incenso; com a troca de roupa Cleice surgiu desinibida e solta, conversando com a "Creuza", sua companheira de cena desde o inicio das apresentações em março. Comentei no final da aula que não tinha visto sua coreografia em cena.

O Enoque refez a cena da Rita, muito engraçada e "mal-humorada". Usando um saco de lixo no inicio da cena ele conseguiu compactar seus trabalhos de uma forma limpa,e me surpreendeu no desfecho, onde apresentou sua imagem (Teatro da Paz) e no corpo de um mendigo que não sabia ler o rodapé da figura foi se retirando de cena cantando "Se essa rua fosse minha".

A Karla me surpreendeu, com um trabalho compacto, limpo e bem estruturado ela passou muito bem a ideia de teatralidade; sentada em uma cadeira ela narrava a cena e a cada pausa, fazia uma parte de sua coreografia, com gestos longos e precisos.

Michel apresentou algo diferente, uma cena bem ensaiada, usando um centro de luz no palco simulando um terraço no qual com gestos fortes ele ameaçava se jogar, um trabalho de corpo bem elaborado, usou uma garrafa de cachaça na qual entornou em cena, fazendo assim a mulher ficar bebada. A trilha sonora agressiva e progressiva intensificou a ação de seus movimentos.

25 de Maio de 2009 - Decima Segunda aula

Foi explicado o verdadeiro objetivo do trabalho de direção, todos acreditavam que seria marcado um dia em que o trabalho teria sua apoteose, a apresentação final, porém a idéia da Wlad era o contrario avaliar cada processo de montagem proposto pela direção, ou seja, toda segunda um novo resultado.
Em seguida todos foram questionados sobre o andamento das cenas, como Carlos e eu tínhamos tido nosso primeiro encontro deste trabalho naquela tarde, apresentamos a Wlad um esboço escrito do que seria nosso objetivo.
Mais uma vez a apresentação de temas impostos pela professora não evoluiu, dessa vez pela Cris, que nem apareceu na aula.
Bricolagem: O termo bricolagem, que vem do francês bricolage, é usado nas atividades em que você mesmo realiza para seu próprio uso. O conceito surgiu nos Estados Unidos, na década de 1950, com a sugestão "do it yourself" ("faça você mesmo"). Isso ocorreu devido ao encarecimento da mão-de-obra e se desenvolveu com a grande visão dos empresários em perceber este nicho, criando produtos fáceis de serem usados, utilizando embalagens com pouca quantidade e todos com manuais explicativos. Em antropologia bricolagem é a união de vários elementos para formação de um único e individualizado. Um exemplo são as culturas do novo mundo: a bricolagem de várias culturas (norte-americana, européia, asiática...) para a formação de uma própria e identitária. (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bricolagem)
Bricolagen não passa de um método para reunirmos em um único espaço, vários fragmentos para a formação de um todo ligado por um elo chamado de costura, linha, colagem.
Com isso, foi apresentada uma nova mostra de montagens que estavam sendo preparadas:
Luciano, dirigido pela Dayene: apresentou um trabalho limpo, mas senti falta de trabalhos apresentados em sua trajetória por esta disciplina como a coreografia. Como o objetivo desse trabalho é usarmos somente o material que já temos em sala desde o inicio do semestre, Wlad pediu que Dayene conversasse com seu ator para um entendimento maior de suas cenas.
Michel, dirigido pelo Gilson: como diretor o Gilson entregou ao Michel um texto de sua autoria, sem saber que isso não podia acontecer nesse trabalho, o resultado da cena foi muito bom, o Michel tem um excelente trabalho de corpo. Wlad sugeriu que eles não percam esta cena, pois ela esta pronta e pode ser usada pelos dois em outro momento.
Kauan e Anne: a diretora conseguiu o objetivo do trabalho, a única sugestão foi para que os dois fizessem uma pequena limpeza e marcação na cena.
Ana e Luana: as duas ainda não tinham se encontrado para um ensaio, mas tinham algumas idéias que foram postas em pauta. Ana suscitou uma duvida que pairava entra as duas: poderiam continuar com a mesma musica, sendo que em ritmo diferente? Wlad então pediu que ela demonstrasse sua coreografia nos dois ritmos, depois de feito, foi autorizada a mudança de ritmo, no caso o tempo de ação poderia ser mexido.
Icaro e Daysi: a diretora se mostrou desanimada com a falta de compromisso do ator, mesmo assim Icaro mostrou o que tinha preparado junto a Daysi, um trabalho de corpo muito bom, sua criatura, um felino.
Depois das apresentações Wlad desfez as duplas, estava havendo dificuldades de algumas partes para encontros e ensaios, a partir dali cada um ficou encarregado de fazer sua própria Bricolagem.
A sala foi dividida em três grupos:
01 de Junho: Ana Carolina, Allison, Carlos Vera Cruz, Cleice, Enoque, Karla, Luciano e Michel.

08 de Junho: Gilson, Ivanilde, Rodolpho, Dayse, Kauan, Diego, Jaqueline e Marco Antonio.

15 de Junho: Ícaro, Anne, Taynah, Taís, Luana, Dayene, Crissie e Aline.

18 de Maio de 2009 - Decima Primeira aula

Bate papo com os atores Rodrigo Fagundes (o Patrick do Zorra Total) e Wendell Bendelack do Grupo “Surto”, que estavam na cidade para uma apresentação no Teatro da Paz.

11 de maio de 2009 - Décima aula

A aula deveria começar com a apresentação do Michel, porém seu nervosismo e desconcentração o prejudicaram e o desempenho não foi bom, saiu meio enrolado, apesar de ter ficado claro que ele fez uma pesquisa sobre o assunto (Teatralidade).
Wlad aproveitou a deixa para dar um embasamento teórico a turma, explicando assim o real significado de Teatralidade.
No segundo momento, foi pedido para que cada dupla apresentasse um esboço do que já tinham prontos em suas cenas. Ivanilde foi a primeira, trabalho dela com o Rodolfo com certeza esta em andamento, a Bricolagem esta surtindo efeito; em seguida foi a Cleice, que me parece ter se entendido muito bem com a Jack é impressionante como o trabalho das duas sempre dá certo; o Enoque mostrou um trabalho de corpo, pouca coisa ainda, a Taynah, sua parceira de trabalho, está com dificuldades na outra faculdade, talvez pelo final de semestre.
Wlad então chamou os diretores que tiveram seus trabalhos apresentados no dia para um interrogatório a respeito de seus Princípios, Procedimentos e Produto.
Princípios: o que acompanha o diretor em sua obra, aquilo que ele não abre mão no trabalho final.
Procedimentos: a fonte de pesquisa, o material utilizado para a colagem, costura das cenas.
Produto: o que o diretor espera do resultado final.
Carlos achou uma forma de costura para minha cena, uma perfeita ligação entre a musica de Piaf, a criatura (Trovador), a alma (senhor de idade), a paisagem ( bosque de outono) e a coreografia.

4 de Maio de 2009 - Nona aula

Por estar trabalhando na produção do desfile em homenagem ao ano da França no Brasil que aconteceu no MABE, não pude participar da aula onde foi proposto o novo exercício da disciplina “trajetórias”, a inversão dos diretores, ou seja, quem dirigiu no primeiro trabalho, atuaria neste momento.
Por não ter aparecido, acabei ficando sem diretor, coisa que logo foi resolvi. O Carlos conversou com a Wlad, conseguindo a autorização para dirigir duas cenas, pois ele já estava encarregado de trabalhar com a Barbara. Ele então se tornou meu diretor. Porém Barbara não apareceu nos ensaios marcados, deixando Carlos com um único trabalho, montar minha cena.
Será um trabalho de “Bricolagem”, ou seja, uma costura bem amarrada de todos os trabalhos apresentados por mim em sala de aula.

27 de Abril de 2009 - Oitava aula

Hoje é de certeza, teremos que ler os Diarios de Bordo, será feita uma avaliação pela Wlad, onde detalhes como iluminação, figurino, corpo devem fazer parte da dissertação-descrição dos momentos de cada segunda.
O encontro.
Hoje eu trouxe enfim o Diário pronto falta alguns dias, mas não tenho o que escrever neles, por ter faltado na aula. A Wlad participava de uma banca como júri, então a aula começou um pouco atrasada, já se sabia que nem todos teriam a oportunidade de ler seus respectivos trabalhos para a turma por conta do horário. A turma estava um tanto eufórica, mas com o pedido de silêncio da professora todos entraram no clima para o começo da leitura.
Ao jogar a pergunta: “Quem quer ser o primeiro?”, Wlad abriu o terreno para o inicio das leituras, o Allison se habilitou, causando uma reação de espanto na turma, talvez por seu jeito introvertido. Ele acabou sendo ríspido com as palavras, causando alguns atritos e, mais uma vez o espanto de alguns. Como representante de turma, a Cleice foi a primeira escolhida para comentar o texto. Esse foi o processo adotado por Wlad, a cada leitura outro aluno contava o texto e assumia o lugar de narrador.
Assumindo o posto de narradora, Cleice mostrou seus textos bem escritos e cheios de detalhes, um ótimo trabalho para leitura, mas não era o caso daquele momento, por seus textos serem grandes foi pedido que ela escolhesse um de sua preferência, isso bastaria.
A seguir esta a ordem de leituras:
Allison – Cleice – Rodolfo – Taynah – Diego – Jack – Enoque – Karla – Carlos – Ivanilde – Marco – Daysi.
PS. Michel e Cris não levaram seus diários, então em dias diferentes eles apresentaram seminários em cima de temas propostos pela Wlad. O primeiro vai ser do Michel, falando sobre Teatralidade.